O matrimônio é um dos sacramentos instituído pela Igreja e criado pelo próprio Jesus Cristo. Na Bíblia encontramos diversas passagens sobre o assunto. O casamento que era antes de Jesus Cristo mero contrato, é um verdadeiro sacramento da nova lei. Não sabemos exatamente o tempo nem o lugar em que Jesus Cristo instituiu este sacramento; pensam os teólogos que foi nas bodas de Caná. Outros pensam que foi na ocasião em que o Salvador restaurou a unidade e a indissolubilidade primitivas. Interrogado a respeito do divórcio, Cristo responde que não era lícito por nenhum motivo, que nem o direito de separar-se tem o homem e a mulher, exceto o caso de adultério (Mt 19, 3-9).
Outros, ainda, pensam que foi instituído depois da ressurreição, e promulgado por S. Paulo, na epístola aos efésios (5, 25-33). Pouco importa o tempo e o lugar, o certo é que o matrimônio foi por Jesus elevado à dignidade de sacramento, como resulta positiva e irrefutavelmente da Sagrada Escritura: "Não separe o homem o que Deus uniu" (Mt 19, 6). Ou seja, Deus uniu os noivos!
Este mistério, ou sacramento, é grande em relação a Cristo e à Igreja, diz S. Paulo (Ef 5, 32). Isso é grande, em relação a Cristo, porque é instituição divina; grande em relação à Igreja, que deve mantê-lo na sua unidade e indissolubilidade.
Diz Jesus em Mt 19,6: "De modo que já não são dois, mas uma só carne". Isso mostra uma unidade profunda de duas vidas, confirmadas pelo pacto conjugal, ou seja,
o consentimento pessoal irrevogável.
O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja
Concede aos esposos a graça de se amarem com o mesmo amor com que Cristo amou a sua Igreja. A graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna. Se os cônjuges separam-se, divorciam-se, separam algo que Deus uniu. O novo casamento dos divorciados ainda em vida do legítimo
cônjuge contraria o desígnio e a lei de Deus, que Cristo nos ensinou. Eles não estão separados da Igreja, mas não têm acesso à comunhão eucarística. Levarão vida cristã principalmente educando seus filhos na fé.
O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de "Igreja doméstica", comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã.
É preciso lembrar, ainda, que há certas situações que invalidam o matrimônio, ou seja, os noivos se casam à vista de todos, mas na verdade o casamento não valeu. Esses casos são resolvidos pelo chamado "Tribunal Eclesiástico" das Províncias Eclesiásticas. Exemplo: dois primos em primeiro grau somente podem casar-se com a autorização do bispo ou dos padres autorizados por ele. Se os noivos-primos se casam sem essa autorização (sem a devida dispensa), o casamento não valeu, está nulo.
O rito externo foi indicado por S. Paulo: é a mútua tradição e aceitação do direito sobre os corpos, em ordem aos fins do casamento, formando uma união santa, como é "santa a união do Cristo com a sua Igreja" (Ef 5, 25). Finalmente é bom lembrar que até para o Matrimônio é necessário ter vocação, sem ela muitos casamentos fracassam.
Fonte: Catequisar.com e Caminho de vida - Preparação para a Crisma Livro 2. Autor Padre Alfieri Eduardo Bompani. Editora Santuário.
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